ESPELHO
olho para o espelho
e nada vejo, nenhum reflexo
um mundo negro, complexo
o plexo circunflexo
e dele, nenhum conselho
de ninguém conexo
pois tudo é reflexo
desse mundo desconexo
Que desânimo é este que me bate
Sinto me só, sem energia
Destruído e sem alegria
Será algo que devagar me abate
MINHA VIDA
que a sua ausência
nunca me visite
e que passe longe
longe do meu mundo
que a sua presença
seja minha amiga
e assim nunca duvide
que você é minha vida
Para que uma obra prima nasça, de antemão, há de haver a mão que a faça.
O belo não surge sem um elo.
ENFIM NÓS
neste pouco tempo
nesta pouca vida
agora a contemplo
agora me convida
aqui nos encontramos
meu obscuro pranto
neste escuro quarto
neste pobre canto
sobre o cobre leito
ela me descobre
e leva do meu peito
a vida de um pobre