Chamamos ao prazer princípio e fim da vida feliz.
Com efeito, sabemos que é o primeiro bem, o bem inato, e que dele derivamos toda a escolha ou recusa e chegamos a ele valorizando todo bem com critério do efeito que nos produz.
Alguns desejos que não trazem dor se não são satisfeitos não são necessários; o seu impulso pode ser facilmente posto de parte, quando é difícil obter a sua satisfação ou parecem trazer consigo algum prejuízo.
A justiça não tem existência por si própria, mas sempre se encontra nas relações recíprocas, em qualquer tempo e lugar em que exista um pacto de não produzir nem sofrer dano.
É difícil deixar oculta a injustiça que cometemos; mas ter segurança de que ela permanecerá oculta é impossível.
Devemos ter sempre diante de nós um homem bom, e fazer tudo como se ele estivesse sempre nos observando.
Não pode afastar o temor que importa para aquilo a que damos importância quem não saiba qual é a natureza do universo e tenha a preocupação das fábulas míticas.
Por isso não se podem gozar prazeres puros sem a ciência da natureza.