A morte não significa nada para nós: quando somos, a morte ainda não chegou e quando ela chega, não somos mais.
Dizia Epicuro a Meneceu:
Os alimentos mais simples proporcionam o mesmo prazer que as iguarias mais requintadas, desde que se remova a dor provocada pela falta.
Habitua te a pensar que a morte nada é para nós, visto que todo o mal e todo o bem se encontram na sensibilidade e a morte é a privação da sensibilidade.
Não deves corromper o bem presente com o desejo daquilo que não tens: antes, deves considerar também que aquilo que agora possuis se encontrava no número dos teus desejos.
Somente a razão torna a vida alegre e agradável, excluindo todas as Concepções ou Opiniões falsas que podem perturbar a mente.
A imediata desaparição de uma grande dor é o que produz insuperável alegria: esta é a essência do bem, se o entendemos direito, e depois nos mantemos firmes e não giramos em vão falando do bem.
O homem que alcançou o objetivo da espécie humana será honesto, mesmo que esteja longe da observação de qualquer pessoa.
A morte não é nada para nós.
Quando nos dissolvemos não temos mais sensibilidade e sem sensibilidade não nos resta nada.