Ely Antonio

Lembrete
“Busque alegria nos sonhos meninos,
Nas tardes de chuva que escurecem o dia,
São nas horas de silêncio e vazio
Que mergulhamos n’alguma fantasia.
Busque a alegria no olhar perdido
Que busca o céu sem se mover,
Naquele momento de riso escondido
Que o corpo não sente, mas anima o viver.” (Ely)

Venho dos becos da vida
Onde a luz transformara se em breu.
Dos olhos minguados ao chão,
Do sonho jogado ao vão,
Do dia que não amanheceu.
Dos risos indo ao vento,
Da dor, do choro, o lamento
Do verso que se perdeu.
Venho dos becos da vida,
Buscar da vida a essência,
O medo faz parte do ser,
A chuva do nosso viver,
A luta da nossa existência.
Venho da vida perdida,
Que já foi noite, agora é dia,
Venho ouvir a canção,
A vida é mais que ilusão,
É o riso de cada dia
Ely

FIM DE NOITE
No fim de noite, andando em vão
Por becos e bares, lugares vazios,
Sobras de vida, de solidão
Tentam em vão vencer desafios.
Tentam fugir do sol da manhã,
Tentam esquecer o tempo perdido,
Fogem do sol, preferem o breu
Que um dia foi meu
Num copo abastecido.
Mágoas de vida, lembranças do medo,
Tantos segredos cunhados no ser,
Guerras travadas no campo da alma,
Sem uma ajuda, sem amanhecer
Ely

Quem sabe
Quiser eu mergulhar no oceano
Dos sonhos teus, dos teus pensares,
Descobrir em ti quais teus luares,
E fazer te não um engano.
E caminhar os passos que caminhares,
E dar te vida sem ser insano,
E festejando qual novo ano,
Tornar me a planta a respirar teus ares.
E num outono, ao final do dia,
Descansaremos celebrando a vida,
Olhando nuvens de serenidade.
Serás meu eu, uma só poesia,
Uma estrada, nova e florida,
E mais real, ó liberdade!
Ely

" Buscando dias melhores, dias melhores virão."

ESPERE O AMOR VII
Espere o amor
Com fé e coragem
Na simples viagem
que faz o teu ser.
Num verso que aflora
No riso da aurora
Que acorda o viver.
Espere o amor
Num traço de vida,
Na canção esquecida
Na imensidão.
Onde vagam momentos
Que já foram lamentos
E hoje inspiração.
Ely