Contadoras de histórias, nossas, de outras mulheres, de nossas mães e filhas, somos repositórios de vidas e esperanças.
Abnegadas, cordatas, eficientes, inteligentes, somos a resposta de muitas indagações, a salvação de muitos problemas, a que resolve, a que socorre.
Mesmo a custa de nossa força interna, de nossa seiva vital.
Nosso grito interno que uiva, que grita e nos chama de volta ao lar ancestral que nos liga à lua, que nos faz sangrar em suor, sangue e lágrimas, força úmida que borbulha em nossas veias.
Somos fé e colo, somos agasalho e abraço.
Somos aconchego de carências alheias e respiramos fundo a nossa própria.
Somos mulheres que gritam, mesmo que sem voz, que suspiram sonhos que jamais compartilharão, que são animal e instinto.
Somos gente.