Élcio José Martins
AMOR À PRIMEIRA VISTA
Chegou sem dizer nada,
Não podia ser porta errada.
De mansinho conquistou,
Um coração flechou.
Duas almas de juntaram,
Dois corações se apaixonaram.
Abraços e beijos trocados,
Eternos namorados.
Das duas, uma só alma,
Sem estresse, tudo se acalma.
Dos dois, um só coração,
Sem regra, sem razão,
Só o pulsar da emoção.
É suor de malhação,
É o esfregar da dança de salão.
É o roçar de mão,
É o beijo de supetão.
E ainda mais se amaram
Embebedaram se do mel,
Com volúpia gargamel,
De êxtase subiram ao céu,
Pernas e braços, o escarcéu.
Com o amor e o desejo se casaram,
E desse amor louco se encontraram.
E ainda mais se amaram,
Dos desejos soltos novamente se embriagaram.
E ainda mais se amaram
Cúmplice cama dos pecados,
Cálidos beijos molhados,
Lençóis esparramados,
Vertigem de lustres dourados.
No chão, na lareira, na esteira,
No bico da mamadeira.
Suor, corpos molhados insaciados,
Sussurros de versos inacabados.
E ainda mais se amaram
Élcio José Martins