Viajar!
A estrada que me apetece é aquele por aonde eu vou.
Viajar é não ser adaptável às formas do cotidiano.
É quebrar a carapaça e se expor a aquilo que não se conhece.
De que me serve estórias de outros se não trilho as minhas próprias.
De que me serve mapas escritos por mim se não os sigo.
Bom e sentir o peso da mochila em meus ombros, carregada com uma barraca, algumas roupas, o colchão inflável, e todos os meus sonhos.
Bom é se adaptar ao clima, as pessoas, ao modo de vida, então partir e fazer tudo de novo.
É bom se perder às vezes.
Melhor ainda é se achar, pra não se perder mais.
E as comidas Ah! São muitas e de todos os tipos.
Bom são as poesias escritas na estrada, as danças do povo, flores, o luar, o sol e ela.
Ela que viras elas se você não tem ela.
Ou ela que é bem melhor do que elas se você a tem e ela o tem.
E como é bom voltar para casa com bagagem repleta de estórias novas, distribuir os presentes e dormir em seu ninho.
Mas o melhor de tudo é o enriquecimento da alma do pensamento, da mente, do corpo.
Viajar.
Se na de avião vou de ônibus, se não de ônibus vou de bicicleta, se não de bicicleta vou a pé, se não a pé compro muletas que me agüente que eu agüente com elas.
Mas estarei na estrada que me apetece.
Viajar!
(E.C.)