Em arte, a copiosa, exuberante, luxuosa e florida fantasia cansa, esquece e passa e só há eternidade para a beleza pura e simples.
O riso é uma filosofia.
Muitas vezes o riso é uma salvação.
E em política constitucional, pelo menos, o riso é uma opinião.
Não há ideia mais consoladora do que esta que eu, e tu, e aquele monte, e o Sol que, agora, se esconde são moléculas do mesmo Todo, governadas pela mesma Lei, rolando para o mesmo Fim.
A criança portuguesa é excessivamente viva, inteligente e imaginativa.
Em geral, nós outros, os Portugueses, só começamos a ser idiotas quando chegamos à idade da razão.
Em pequenos temos todos uma pontinha de génio.
A consciência nem todos têm a honra de a conhecer; a consciência é o que quer que seja de vago e de impalpável, de que nós devemos falar como duma figura diáfana de legenda antiga.
A arte oferece nos a única possibilidade de realizar o mais legítimo desejo da vida que é não ser apagada de todo pela morte.
Nunca houve numa «vida única» uma «afeição única»: e se nos parece que há casos em que houve é que essa vida não durou o bastante para que a desilusão e a mudança se produzisse, ou quando se produziu ficou orgulhosamente guardada no segredo do coração que a sentiu.
O sentimento mais artificial posto num verso maravilhosamente feito é uma obra de arte: o mais verdadeiro grito de paixão num alexandrino desajeitado é uma sensaboria.
Só há Beleza onde há Ordem.
Em Portugal quem emigra são os mais enérgicos e os mais rijamente decididos; e um país de fracos e de indolentes padece um prejuízo incalculável, perdendo as raras vontades firmes e os poucos braços viris.