Camafeu!
Não é o meu melhor.
Sei que mais posso e mais sou.
É o fato que a vida ronda muito mais que a morte, o limite do meu eu.
No entanto, busco a sorte como forma de combate e me vejo em alto relevo retratada num camafeu.
Ah! Insano mundo que gradeou meu olhar numa viseira de breu.
Voilà! É que a garganta expele grunhidos enrouquecidos e febris de solidão.
Desconheço o meu melhor porque busco inconstância na obstinação que emana do lírico amor de Orfeu.
Não existe mulher Eurídice.
E nem mesmo o sal que ardeu suas entranhas é o mesmo sal que me ardeu.
BNão sei do meu melhor.
Pode ser que ressurja do nada, faça me e me desfaça e novamente dê adeus! Ou, quem sabe, o melhor já esteja e me faça menos excêntrica, mais vital, mais essência e nunca mais, Camafeu!