As asas da esperança cortam o vento frio do ódio e da intolerância, que bate muitas vezes contrário à nossa jornada rumo ao caminho da nossa consciência.
Desenvolver sensibilidades não mudará a configuração do seu caminho: você terá que pisar nas mesmas duras pedras que embruteciam seu andar como antes.
A diferença é que, mesmo com os calos e percalços, você aprenderá a dançar sobre elas.
Buscamos muitas vezes compreender para então viver, mas há coisas que só aprendemos o real significado quando vivemos e depois compreendemos.
Quando Jesus nos ensina que devemos ser como crianças, fala muito mais de atitudes sinceras do que uma fé ingênua.
Crianças não ocultam suas verdades com mentiras, não usam máscaras para se relacionar com os outros, não camuflam seus interesses.
Há mais amor no apoio de uma mão que se estende ou no aconchego de abraço sincero do que qualquer oração feita apenas de palavras.
O Evangelho não é um guia prático de como se obter glórias neste mundo, mas nos ensina a enxergar a glória de outro mundo nas derrotas que sofremos neste.
O Evangelho não nos remete ao desejo de sermos excêntricos em liturgias e penitências.
Seu desafio é nos tornar extravagantes em amor e graça.
O perdão, para ser verdadeiro, não pode ser visto para quem perdoa como um fardo, mas como um descanso; não como uma obrigação, mas como a mais nobre liberalidade.
Melhor do que avançar com volúpia na escuridão é ver um farol ao longe, e se aproximar dele aos poucos.
Assim seguimos para os referenciais.
Por mais que sejam utópicos e estejamos longe alcançá los, temos um alvo para atingir.
Nada há de errado em sentir se especial, contanto que isto nunca leve à conclusão que o outro é inferior.