Não havia tremores ou borboletas no estômago.
Era só calmaria, uma paz difícil de narrar.
Eu podia ver o outro indo embora sem esforços e sem choros, via o distante, embalado pela pueril sensação de estar livre do meu coração.
Embora ainda me fizesse passear pelos bares da alma e, ocultamente, os das esquinas, já não era por aquele rapaz que meu coração acelerava.
Era por mim.
Sim.
Eu era por mim, meus desesperos eram por mim, o suor frio era por mim.
E, quando assim me via, dava para ver ao meu lado uma tranquilidade de braços abertos e olhar de abraço infindo.
Entradas de sorrisos denunciavam no meu Futuro a vontade de preencher se de bares sem álcool e passantes que tenham vontade de ficar para um café, para uma vida, quem sabe.
Hoje, todos os dias eu deixo de ser viajante.
Ficava pelo doce, abraço Ficava por mim, por meu Futuro, pela vontade, calmaria, e a certeza de ser certo.
Tinha, a cada desejo súbito de passar a vez, a ideia de "O que me faltava era eu".
E ficava ainda mais.
O outro
Passou.