Sou um simples camponês, sou escravo da rotina, amante da felicidade, apaixonado pelo que é simples.
Sou um burguês que vende seu amor o pouco de amor que ainda me resta nas esquinas de onde me faço presente.
Não tenho casa, moro aonde me sinto bem.
Sou apenas um andarilho em busca de um motivo/algo por quem lutar.
Sou aquele nômade que viaja o mundo todo, mudo todos os dias.
E eu não falo de lugar.
Mudo minhas visões, meus conceitos e objetivos.
Sou só, solitário.
Vivo preso na imensidão do meu eu interior.
Sofro de excessos de pensamentos, sofro pela falta de amores.
Sou feliz e ao mesmo tempo triste.
Ainda tento entender isso, mas acredito que seja impossível.
Sou uma incógnita, sou o X das equações matemáticas.
Sou o sol, a lua, as estrelas.
Sou a chuva que cai e molha o campo.
Sou o ar, sou o vento que sopra e te toca levemente acariciando o teu rosto.
Sou tudo, e ao mesmo tempo sou nada.
Sou apenas sentimento, nunca razão.