A via da vida
havia na vida uma via
eu a via na via
mas a mim não via
Que via infeliz
Só queria o que eu via na via
Mas a via a mim proibiu
ter o que eu via
terra e céu
o firmamento que outrora guiava e previa
e que em nossos dias
jaz sobre as luzes
ofuscado
por muitos esquecidos
existe o céu
com todas as respostas
digno
aguarda o seu olhar
Patologia
risco de mim a paixão
um peso extra ao coração
vivo uma contradição
que por zelo ouço a razão
a paixão se esvai rápido
um mal necessário
prefiro a cumplicidade meu caro
que com calma constrói o duradouro
a pressa da paixão deixo ao tolo
As bordas da vida
Na direção oposta
A maré e mais forte
Na margem da vida
A vida é mais só
Sem as mesmas marcas
Sem joias do povo
Sem ser igual
Entendi e aceitei
Sou um vivente marginal