Prendi meus afetos, formosa Pepita
mas, onde
No tempo No espaço Nas névoas
Não rias
Prendi me num laço de fita!
Unidas Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntar as rodas da vida,
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!
Na hora em que a terra dorme
enrolada em frios véus,
eu ouço uma reza enorme
enchendo o abismo dos céus
Deixa te disso criança
Deixa te de orgulho que o orgulho cega
Não vês que esta vida é um oceano
Por onde o acaso navega.
Esta poesia não é de Gonçalves Dias, é de Castro Alves.
Oh! Bendito o que semeia
Livros à mão cheia
E manda o povo pensar!
O livro, caindo n'alma
É germe – que faz a palma,
É chuva – que faz o mar!