Aqui estou: sorridente, mas com o coração amortecido.
O que fui e o que me tornei.
Morreu dentro de mim e vivo os dias de luto.
Não sei explicar quando enterrei minha esperança.
Só sei que um dia aconteceu.
O coração que quebra é o mesmo que volta, e revigora.
O mesmo que chora, e se consola.
Sente saudades, e cria coragem.
Cicatriza, e ainda arrisca.
Sente falta, e suporta.
Perde uns, ganha outros.
Odeia e ainda ama.
Sempre cresce.
Meio morre, meio nasce.
Árvore florida, cheia de vida
Doa mais do que recebe
Tem roubado sua sombra folhas e frutos
Mas mesmo tronco de árvore quebrada
Ainda dá se um jeito de virar assento
não é água, nem agulhas, nem altura, nem sangue, nem barata.
tenho medo quando coisas, pessoas, vidas, se vão.
e fico.
sobra muito de mim.
apavoro me com inacabados.
gota de limão na ferida.