gota no vidroum rosto na janelaolhar perdido
velho jornallevado pelo ventoprevê temporal
vento no bambusopra e geme prazerassim como tu
língua pendentecachorro com sedesol ardente
folhas no quintaldançam ao ventocom as roupas do varal
com alicateabre o malucoum abacate
sabor cereja minha bocaa tua deseja
pardal sozinho primeira aventurafora do ninho
musa sereia marinheiro bêbadoouve baleia
era uma vezum sapo que beijado poeta se fez
um sapo azul,inspirado em Bashô,salta no paul
velha na fonte os cântaros se enchemo sol se esconde
corda de versos,janela da prisão:foge o poeta!
brasa do tempoacende quando passasno pensamento
ao te adorarnão sei mais se tenscorpo ou altar