Que a felicidade de um amor não dependa do tempo, nem da paisagem, nem da sorte, nem do dinheiro.
Que ela possa vir com toda a simplicidade, de dentro pra fora, de cada um para todos
Refugiamo nos no amor,
esse célebre sentimento,
e o amor faltou: chovia, ventava,
fazia frio em São Paulo.
O amor é grande e cabe nessa janela sobre o mar
O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar
O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional
Se eu gosto de poesia Gosto de gente, bichos, plantas, lugares, chocolate, vinho, papos amenos, amizade, amor.
Acho que a poesia está contida nisso tudo!
O chão é cama para o amor urgente,
amor que não espera ir para a cama.
Sobre tapete ou duro piso, a gente
compõe de corpo e corpo a úmida trama.
E para repousar do amor, vamos à cama
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar
Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.”