Na vida, as coisas mais doces custam muito a amadurecer.
Mas isso é pensamento de gente grande, deixa pra lá.
Peixes, logo vi, regente Netuno, ah Netuno, cuidado com as ilusões mocinha, profundas e enganosas como o mar que é teu elemento.
Porque aprendi que a vida, apesar de bruta, é meio mágica.
Dá sempre pra tirar um coelho da cartola.
E lá vou eu, nas minhas tentativas, às vezes meio cegas, às vezes meio burras, tentar acertar os passos.
Sem me preocupar se a próxima etapa será o tombo ou o vôo
Já coloquei a música que me fazia mal e fechei os olhos, lembrando de tudo que estava me corroendo só pra chorar, na esperança de tudo aquilo passar.
Rezo a Deus não pedindo cargas mais leves, e sim ombros mais fortes.
E tenho repetido que no que depender de mim, me recuso a ser infeliz.
As coisas vão dar certo.
Vai ter amor, vai ter fé, vai ter paz – se não tiver, a gente inventa.
Só eu sei que cheguei à humildade máxima que um ser humano pode atingir: confessar a outro ser humano que precisa dele para existir.
Será Tem coisas, tem coisas que ele escreve que parecem.
Não sei, parecem verdade, entende Ele me toca, mexe comigo.
Talvez eu esteja assim todo lisonjeado porque alguém parece prestar tanta atenção em mim.
Podia falar de quando te vi pela primeira vez, sem jeito, de repente te vi assim como se não fosse ver nunca mais, e seria bom que eu não tivesse visto nunca mais, porque de repente vi outra vez, e outra e outra, e enquanto eu te via nascia um jardim de flores nas minhas faces.