E era por isso que ela gostava daqueles (a)braços.
Os apertados.
Porque era ali.
Era ali que ela encontrava tudo o que tinha de mais bonito.
Pensei em você.
Eram exatamente três da tarde quando pensei em você.
Sei porque sacudi a cabeça como se você fosse uma tontura dentro dela e olhei o digital no meio da avenida.
Cada vez mais frias, e os dias estão cada vez mais duros, e eu tento, tento tanto disfarçar essa dor no meu peito e esse nó na garganta, mais chegou o ponto em que eu já não sou mais forte o suficiente, já estou consumida pelo desejo quase incontrolável de desaparecer, pra sempre.
É como se mil pessoas se importassem com você, menos uma.
E, de alguma forma, era a única que você necessitava que se importasse.
Prefiro reconhecer com o máximo de tranquilidade possível que estou só do que ficar à mercê de visitas adiadas, encontros transferidos
Acho que a gente tem que vencer.
Ou lutar.
E ficar bem.
Feliz.
Criar.
Fazer.
Se mexer.
Odeio autodestruição.
As coisas têm que passar, os dias têm que mudar, os ares têm de ser novos e a vida continua, com ou sem qualquer um.