O passado era nostalgia
Um energético doloroso nas veias.
O passado era droga para o coração
Já condenado pelo vício
Porque não sabe viver mais.
E depois daquele beijo eu quis dizer: te amo.
Mas me lembrei que estava beijando outra boca, e não a sua.
Sou folhas secas
Papéis amassados
Vidros quebrados
Sou o choro inconsolado
Sou raio de verão
Livros no lixo
Sou o pó
O irreversível
O Chão frio
Sou vazio
Pois transbordei
E não fui tua enchente.