Minha mãe me deu ao mundo de maneira singular me dizendo uma sentença:
pra eu sempre pedir licença, mas nunca deixar entrar.
O quereres e o estares sempre afim
Do que é em mim tão desigual
Faz me querer te bem, querer te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitamente pessoal.
E eu querendo querer te sem ter fim
E querendo aprender o total
Do querer que há e do que não há em mim.
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que essa tua ausência me causou
Saudade até que é bom
É melhor que caminhar vazio
A esperança é um dom
Que eu tenho em mim, eu tenho sim
Nada tem que dar certo.
Nosso amor é bonito,
Só não disse ao que veio;
Atrasado e aflito,
E paramos no meio.
Sem saber os desejos aonde é que iam dar
E aquele projeto ainda está no ar.
Eu me sinto vazio e ainda assim farto
Estou triste tão triste
E o lugar mais frio do rio é o meu quarto
ETC.
Estou sozinho, estou triste, etc.
Quem virá com a nova brisa que penetra
Pelas frestas do meu ninho.
Quem insiste em anunciar se no desejo.
Quem tanto não vejo ainda
Vem, pessoa secreta.
Vem, te chamo.
Vem
Etc
Quando a poesia realmente fez folia em minha vida
Você veio me falar dessa paixão inesperada
Por outra pessoa
Mas não tem revolta não
Eu só quero que você se encontre