Bruno Resende Ramos

Quando busco o meu Deus, Ele atende minhas necessidades;
Se busco o meu querer, que vai muito além delas (das necessidades), aí está o campo de batalha que criei, porque é no querer que investe santanás.
Se luto para vencer o mal, debalde esforco me para tal.
É renunciando o meu querer que encontro a verdadeira Paz.

Usar o nome de Deus em eleições, almejando
sua própria glória, é usurpação.
É fazer
degrau Àquele que está sobre todo trono.
Deus
não é cabo eleitoral de ninguém! Quem assim O faz não ficará impune!

Não espere que eu te ame como o mundo nos ensinou "amar", pois o maior amante do mundo nem sabe onde o amor está.

A humildade é a base de todas as virtudes; sem a qual, nenhuma das demais prevalece.

O Brasil hoje é um país psicótico.
Um país entre o infantil e o austero.
Um corpo que precisa achar seu centro gravitacional, seu equilíbrio.
A situação e a oposição, partes representativas e necessárias, não devem ser forças antagônicas; sim, promotores do encontro, do debate, do diálogo e da síntese.
Democracia ainda que tardia!

Apostasia
Quanta tristeza ao ver um pássaro de asas feridas! Pior do que nunca voar é ver aquele que sabe o voo se perder em caminhos que não o levam para o céu.

O universo foi criado pelo Amor; o desamor, por isso, é um corpo estranho a ele ( o universo).
Em sua autodefesa, o cosmo trabalha para destruí lo.
Não foi Deus quem destruiu Sodoma, mas o desamor.

Enganado no amor, o homem passa a ferir o outro e a se ferir.
Inegavelmente, os hospitais estão cheios de enfermos; desses, poucos escapam de tal disgnóstico.

Falta ao poeta indignação quando, na sobra de tantos sentimentos, o que vai nas ruas mendiga seu pão.

Um governante que antagoniza os pobres, os povos indígenas, a cultura nacional, bem como os defensores da liberdade, do meio ambiente e da igualdade de direitos não pode entender de Brasil, muito menos de democracia.

Nossos índios não aceitam espelhos; sim, os miscigenados que, ao vender seu voto, alimentam o ciclo de colonização das nossas terras, das nossas riquezas, destituindo, assim, nossa soberania.

Ainda somos índios.
Ainda somos colônia.
Só não nos interessamos tanto quanto os colonos se interessam pelo nosso país.

O pior do orgulho e da vaidade é não se dar conta do quanto é ridículo se considerar superior aos outros.

Os espinhos deixados por uma rosa podem evitar que seja colhida; contudo, inevitavelmente, eles roubarão o seu propósito.
Mais tarde as pétalas chegam ao chão.
Se não subiu aos altares, quem sabe a sorte lhe permita enfeitar um caixão.

O sonho é uma busca de liberdade da alma que para nascer, primeiro, se priva de realidade.
Não fosse ele, o homem não teria pisado na lua e a humanidade ainda estaria confinada em cavernas.