Se há para mim alguma aventura, é a aventura da escrita. A escrita é o sustentáculo da minha solidão.
Se, após a escrita, um autor diz alguma coisa sobre o que escreveu, nada mais está fazendo do que um novo escrever.
A obra é um mito, fio de meada em direção ao incógnito final. O autor nunca vê, senão como um sonho (mito de um mito), o panorama do que fez.
Melhor não pensar. Quanto mais reza, mais tentação aparece. A vida é pra frente, o que ficou pra trás é escuridão, poeira só, lembrança.
Meu Deus, meu Deus, por que tenho esses pensamentos É deixar a rédea solta e lá vou eu por este mundo sem fim.
Na verdade Mazília para ela já morreu, sem que Biela percebesse. Mazília o seu piano, seu harmonium, as suas belezas Era mais uma camada de terra no coração.
Em cada autor há uma série de pequenos autores. O produto final é uma incógnita o próprio autor, a suma.