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AteopPensador

►Hoje Decidi
Hoje decidi errar novamente
Hoje decidi rimar, como sempre
Na verdade, eu não estava afim
Mas, a insônia me atrapalhou de dormir.
Talvez eu pise em cacos, como antes já pisei
Talvez eu mude de opinião no próximo sábado
Mas, até lá, é assim que eu serei.
Vou escrever algo pequeno,
Quase sem importância, passageiro
Não como um testamento, que exagero
Por onde devo começar Estou indeciso.
Eu penso sempre em parar com isso
De escrever, para ser mais específico
Mas sempre vejo novos motivos,
Que me fazem estar aqui, escrevendo
A madrugada nem chegou e cá estou,
Murmurando palavras de momentos.
Adorar, eu adoro sorrir e fazer alguém feliz
Mas, odeio me sentir incapaz de não conseguir
De permitir que a tristeza faça uma nova vítima
Em sumo, minha vida é uma odisseia não escrita
E hoje vejo por que ela será minha sina
Sei que, em algum momento, a minha inimiga
Estará logo na esquina.
Tantos foram os dias que abaixei a cabeça
Que me tornei submisso a tristeza
Não por opção, mas for falta dela
Quando a solidão me cercou, fui devorado por ela.
Às vezes eu escrevia vários rascunhos
Escrevia meus pensamentos mais profundos
Tão profundo que jamais chegaram a serem vistos
E a luz do sol nunca os iluminou, triste.
Enquanto aprecio a melodia de um piano,
Eu escrevo sobre o abandono
Escrevo sobre desconfiança, sobre coisas estranhas
Minha dama, minha família, minha imaginação de criança.
Escrevo sobre o amor, sobre o desespero
Sobre a dor, sobre o medo
Medo do desconhecido, da incerteza
Que não se vai da cabeça mesmo com um copo de cerveja.
Faço aqui um desabafo calado
Faço um texto triste, poético, abalado
Apaixonado Quem me dera sentir tal sensação
Acredito que remediaria o meu coração.
Ao fim da melodia eu me despeço
Sem saber se haverei de retornar
Mas, em versos, jamais irei me ausentar.

►Parte do Ciclo, Aproveite
E se você descobrisse
O ano que ia morrer
Me diga, o que iria fazer
O que acabaria por resolver
Apenas agradeceria pelo término de seu sofrimento
Afinal a vida é difícil, eu comento
Por algum motivo já pensei sobre
Cessaria as dores
E por fim, em um caixão cercado de flores
Também acabaria as dores dos amores
Acabariam também as cores
Acabariam também os temores
Partiria desse mundo de horrores.
A morte é algo a se pensar
Pode a conhecer enquanto estas a caminhar
"Não a temo", alguns ouço falar
Mas será mesmo que não
Choras te a morte de teu irmão
Descreio na vida após a morte
A pessoa atropelada não teve sorte
Acredito que ela é o fim
Se a encontra se, lhe diria sim
Será que ela precisas de mim
Será ela capaz de matar até mesmo um serafim
O que nasce, morre, isso é de lei
Sobre esse ciclo eu sei
Não adianta temer morrer
Não faz sentindo correr
Não faz sentindo esconder
Como já disse, só devemos viver
E a cada dia mais, aprender
Não posso dizer que não iras se arrepender
Pois eu mesmo posso dizer
Que me arrependo por coisas que fiz
Me arrependo por não fazer coisas que quis
"Viver sem arrependimentos" eu discordo
"Viver bem" concordo.
A sua vida pode acabar rapidamente
O seu tempo aproveite radicalmente
Porém não seja imprudente
Aproveite ela usando sua mente
Da melhor maneira possível
Da melhor maneira cabível
Faça valer a pena cada segundo
Se assim desejar, viaje pelo mundo
Se quiser, leve alguém junto
Faça da vida uma experiência em conjunto
Você verá que terá vivido muito.

►O Garotinho Ausente
Dó do garotinho que se fechou
Em seu quarto, se trancou
Do mundo, se isolou
Das pessoas, se distanciou
A vida do lado de fora, abandonou
Pela busca da felicidade, ele recuou
E seus pais, únicos seres para ele, preocuparam
"Saia de casa", eles falaram
Na criação do garotinho, eles se dedicaram
Mas o pequenino se encontra isolado
Ele agora está desanimado
Ou melhor, desmotivado
Caminhando em um circulo
Ele não tem mais nenhum vínculo.
O que irá acontecer à ele
Resolverá o "problema" dele
A solidão é algo tão ruim
Pois, sem luz, nunca terá fim
Garotinho, o que tu irás fazer
Você tem até o anoitecer
Depois, irás perecer
Não se permita ser engolido pela própria sombra
Espero que a mudança já esteja pronta
Será que merece o que ocorre
Por favor, faça o que puder, mas não implore
Nem que o sentimento encolha
Deve haver uma outra escolha
Por hora, deite se, se recolha
Escreva o que sente em uma folha.
A ausência de uma companhia
Acabou se aquela nostalgia
Se tornou se monotomia
Já não é mais o que ele via
Já não sente mais o que sentia
O garotinho poderia fazer alguma coisa à respeito
Afinal, não podes viver deste jeito
Deste jeito não é perfeito
Esse é o defeito
Aceitar e viver ausente
Para ele, esse é o presente
Presente ausente de gente
E não importa o quanto ele minta
Talvez por toda a vida
Sabes, o sentimento de só irá persegui lo
O vazio irá segui lo
Isto eu já digo
Pobre garotinho.
Ajudou e não se ajudou
Preocupou e não se preocupou
Palavras sem sentindo, eu sei
O significado eu direi
Agora o mais claro, serei
O seu suporte aos outros ele deu
Deu o melhor de si
Acreditem em mim
Pela ajuda, eles agradeceram
Porém, não perceberam
Os sorrisos sinceros do garotinho, se perderam
A solidão o abraçou, e o levou
Seja lá para onde for
Porém, o garotinho, fugir, bem que tentou.

►Uma Marca D'água
Minha pepita, minha querida
Do meu lado como eu queria
Sem ti não sei o que eu faria
No caminho me perderia
Afinal como poderia
És a metade que me faltava
A Lua que, no meu mundo, ilumina
Seria você minha
Seria você a prometida
Cego perante sua beleza
Não consigo pensar com clareza
Do conto de fadas és a princesa
Não bastaria ser uma camponesa
Teria que ser da realeza
Tu giras o meu mundo
Sem ti, estaria lá no fundo
Trancafiado no submundo.
Ligo ou não para ela
Essa dolorida espera
Dormir ao teu lado, quem me dera
Se eu pudera
Estaria agora ao lado dela
Imaginem, um jantar a luz de velas
Recitando frases belas
Te pintando em telas de aquarelas
Minha mente voa pelas favelas
Afinal, pertenço a elas
Aproveitarmos longe da violência delas.
Você me tira a tranquilidade
Desculpe, mas essa é a pura realidade
Esta é uma clara verdade
Já estava lhe tirando da minha cabeça
Antes que ela enlouqueça
"Este é o fim de vocês, esqueça"
Demorei dois meses para me levantar
Dois meses para ti, em minha mente, se ausentar
Mesmo frequentando o mesmo lugar
O mesmo onde podemos, naquele dia, conversar
"Devo continuar, andar, aguentar"
Eu aparecia na terça, tu na quarta
"Quem sabe escrever uma simples carta "
A minha tristeza era uma marca d'água
Alguns diziam que eu estava sem alma
Este era o resultado de tua falta.
Mas agora não sei, não tenho certeza do que fiz
Não entendo o que meu pensamento me diz
O que aconteceu foi por que eu quis
Não tenho uma resposta para isso
Agora me encontro pensando nisso
Não esquecendo as mensagens que eu tenha visto
Um tempo para pensar, preciso
Um apoio da minha mente, necessito
Isto não estava previsto
Você querer retornar com a relação
Admito que fiquei sem reação
Mas, desta vez não ouvirei o meu coração
Pois da última vez, ele acabou na solidão.