Muitos ricos sentem se infelizes porque estão desprovidos de uma verdadeira formação espiritual, de conhecimentos e, portanto, de qualquer interesse objectivo que os possa capacitar a uma ocupação espiritual.
Toda verdade atravessa 3 fases: 1) é ridicularizada; 2) é violentamente contrariada; 3) é aceite como a própria prova.
Sentimos que toda a satisfação de nossos desejos advinda do mundo assemelha se à esmola que mantém hoje o mendigo vivo, porém prolonga amanhã sua fome.
O homem é muito menos passível de ser modificado pelo mundo exterior do que se supõe.
Só o tempo omnipotente exerce aqui o seu direito.
Se alguém nota e sente uma grande superioridade intelectual naquele com quem fala, então conclui tacitamente e sem consciência clara que este, em igual medida, notará e sentirá a sua inferioridade e a sua limitação.
Essa conclusão desperta o ódio, o rancor e a raiva mais amarga.
Só o presente é verdadeiro e real; ele é o tempo realmente preenchido e é nele que repousa exclusivamente a nossa existência.
Polidez é inteligência; consequentemente, impolidez é parvoíce.
Criar inimigos por impolidez, de maneira desnecessária e caprichosa, é tão demente quanto pegar fogo na própria casa.
Devemos ter muito cuidado para não emitir uma opinião demasiado favorável de um homem que acabamos de conhecer; pelo contrário, na maioria das vezes, seremos desiludidos, para nossa própria vergonha ou até para nosso dano.
A memória age como a lente convergente na câmara escura: reduz todas as dimensões e produz, dessa forma, uma imagem bem mais bela do que o original.
A vontade considerada puramente em si mesma, é inconsciente; é uma simples tendência cega e irresistível, à qual encontramos tanto na natureza do reino orgânico e do vegetal e nas suas leis, como também na parte vegetativa da nossa vida.