O que mais a infância deixou me de saudade foi a maneira inventiva de lidar com a vida: quando acabava o prazer de comer iogurte começava o deleite de falar no "telefone".
Num dia quente de verão brota um amor quente que faz quentes a alma e o coração É, só assim "fico frio"!
Num dia quente de verão brota um amor quente que faz quentes a alma e o coração é, e só assim "fico frio"!
Para quebrar a leitura acrescento essa coisa fútil, dispensável, absurda, cega, surda e muda, que é esse parágrafo inútil.
Solidão: só lidou com saudade, só lhe dou atenção Lá estou eu, sonhando, com os olhos embaçados e embasados nos seus.
Aquela gota corriqueira, que pinga da torneira, é como minha lágrima, amiga, salgada, temperando meus lábios nesses dias sedentos pelas lembranças e momentos vazios sem você.
Em seus tronos na zona de conforto estão otimistas os deuses de todos.
Roupas alvas, flores brancas e o sol desbotando as flâmulas.
No bar da vida, o velho bilhar poético.
Vai inspiração e fico em sinuca, estou sem verso e sinto o frio na nuca.
O bar da poesia não abre nem fecha, é flecha sempre lançada, e o coração do poeta, não seca, não se afoga, não nada.
Quando há em nossa vida o problema bem complexo, sem a luz no fim do túnel, a esperança fica escassa.
Jamais se larga a decisão de sanar esse dilema.
Com paciência de Jó, do conforto vai se à caça, e nos ombros do otimismo, nos apoiamos e dizemos: “Podia ser muito pior”.
Aquela fragrância de nova vida, da porta aberta do viveiro, batia nos orifícios do nariz; como coisa boa Fubá fresquinho, coco queimado, doce broa Acompanhada por um manacá de cheiro.