O homem é o grande criador.
Criou um Deus e fez dele o maior, intocável, onipotente, de visão vasta e minuciosa.
Mas não bastou, o homem necessitou criar um grande aliado, um corruptor oportunista chamado Diabo.
Estas simbologias estão no imaginário do homem como se fosse parte de sua genética; está no sangue.
Para toda a verdade absoluta: um Deus e que acuda.
Para toda a transgressão: um castigo diabólico e que salve se puder.
O pior entre os homens de bem são os desgraçados que atribuem à nobreza a um inferno pelos seus feitos.
Depois o homem criou um Cristo, o filho da onipotência, dotado de pecado e de poderes, aliando tanto a Deus quanto ao Diabo, foi posto a diversas provas inclusive a de não se salvar das maldades do homem; foi morto e crucificado; o homem tornou capaz de ressuscita lo.
O homem exerce poder superior sobre tudo o que há na terra, destrói o corpo do cristo e consegue manter viva a alma enigmática dele e assim continua criando alienações.
A alienação é capaz de ameaçar a consciência humana e por falta de autonomia há uma perda de identidade em que o homem perde seus próprios valores forçado a assumir necessidade de consumo religioso.
O homem é uma pecinha de engrenagem movida pelo espírito religioso já orbitado por forças enigmáticas entre Deuses e Demônios, e, para dar forma: um êxtase religioso.
Na sociedade materialista criam se Deuses, Demônios, Cristos propiciados pelo homem que produz efeitos espirituais para dar forma ao julgamento e a condenação.
Sendo para o homem a concepção de Deus; o seu próprio domínio.