Na noite trevosaeis, quando menos se espera,teu semblante, lua!
Grito da sinetana última aula.Alegria.Depois o silêncio.
Por trás do combateferoz do vento e das nuvensa intocada estrela.
Chuva e névoa gélida.Que frio teria o sapose tivesse frio
Crânios num ossuário.As pedras brancas invejam lhesmuito pouco as vidas.
Sobre o monte lisocontra o céu uma só árvore.Gesto de vitória!
Esqueletos de árvores,lampiões rodando no vento,no chão, sombras, bêbadas.
Virando, rompendoas folhas secas, meus péssem respeito aos mortos.
Lá, bem sobre a estrada,a casa entre flores ondenão entrarei nunca.
Entre as ruas, eu,e em mim, eu em outras ruas,sob a mesma noite.
Quero ouvir na noiteos sapos que embalarão,eternos, meu túmulo.
No solar ruídohá ainda verdes cortinase um senhor, o sapo.
Sobre mim a lua.Lá atrás das altas montanhasoutro deve olhá la.
Mosquito ferido.Quieta agonia de pernase antenas na noite.
Velho, esta manhãnaquele pátio ruidosoé a que foi tua.