Sinto me às vezes tocado, não sei porquê
prenúncio de lágrima que não se materializa em dor,
é difícil descrever o que se sente, quando o sentir é o oposto
sendo a alma real e sentindo ela a realidade
como chorar, sorrindo na alma, esta verdade que se escreve
Ocorrem me casos, em que choro a distância
sorrindo pelo sentir que nos aproxima
corando a proximidade, suspirando pelo longe
somos assim uma dualidade macabra
de certos e errados, de mal e de bem, que querer e não querer
(recordo me do monstro da realidade)
Há homens que como eu, não vêem a sorte ali ao alcance da sua mão
(os moveis estão montados, tudo esta pronto, apenas eu, me falto ali)
E nem a consciência da realidade que me atravessa o corpo,
deixa me seguir o meu caminho
ó maldita dualidade, tão orgânica
Tão vil e traiçoeira crê e vai tanto a ser vida