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Adam Smith

É a vaidade e não o prazer que nos interessa
Qual a finalidade da avareza e da ambição, da busca de riqueza, poder e preeminência Será para suprir as necessidades da natureza O salário do mais pobre trabalhador pode supri las.
Vemos que esse salário lhe permite ter comida e roupas, o conforto de uma casa e de uma família.
Se examinássemos a sua economia com rigor, constataríamos que ele gasta grande parte do que ganha com conveniências que podem ser consideradas supérfluas.
[ ] Qual é, então, a causa da nossa aversão à sua situação, e por que os que foram educados nas camadas mais elevadas consideram pior que a morte serem reduzidos a viver, mesmo sem trabalhar, compartilhando com ele a mesma comida simples, a habitar o mesmo tecto modesto e a vestir se com os mesmos trajes humildes Por acaso imaginam que têm um estômago superior ou que dormem melhor num palácio do que numa cabana [ ] De onde, portanto, nasce a emulação que permeia todas as diferentes classes de homens, e quais são as vantagens que pretendemos com esse grande propósito da vida humana a que chamamos melhorar nossa condição Ser notado, ser ouvido, ser tratado com simpatia e afabilidade e ser visto com aprovação são todas as vantagens que se pode pretender obter com isso.
É a vaidade, e não a tranquilidade ou o prazer, que nos interessa.
Mas a vaidade sempre tem por base a convicção de sermos objecto de atenção e aprovação.
O homem rico deleita se com as suas riquezas por julgar que elas naturalmente lhe atraem a atenção do mundo e que os homens estão dispostos a acompanhá lo em todas as agradáveis emoções que as vantagens da sua situação tão prontamente inspiram a ele.
Quando tal pensamento lhe ocorre, o seu coração parece crescer e dilatar se dentro do peito, e ele aprecia a sua riqueza mais por esse motivo do que por todas as outras vantagens que ela lhe traz.
(A Teoria dos Sentimentos Morais)