Não houve danos, tão pouco planos.
Não houve culpa, tão pouco desculpa.
Não houve flor que distraísse minha dor, não houve canto para ser meu manto
Quis um pincel pra pintar meu céu, quis um engano pra ser meu acalanto.
Quis um dia gritar, tentar me acalmar, te encontrar num canto, te mostrar o que restou sem mostrar meu pranto
E ainda sim, provar que te amo em meio ao desengano.
Minha alma ferida não quer despedida, recusa o vazio de um coração vadio, que insiste a cada instante em somente te amar
Me mostras a recusa, te dou minha súplica para que com minha angústia tu possas acabar.
Então nessa hora, sem muita demora, perceba que mesmo com raiva em ti ainda mora razões para me amar.
Meu amor, me deixe contente, venha sorridente mostrar para mim que mesmo empurrado, me ama sem fim.