Estou doente da persistência de imagens, reflexos e espelhos.
Eu sou uma mulher com olhos de gato siamês que por detrás das palavras mais sérias sorri sempre troçando da minha própria intensidade.
Sorrio porque presto atenção ao OUTRO e acredito no OUTRO.
Sou marioneta movida por dedos inexperientes, desmantelada, deslocada sem harmonia; um braço inerte, outro remexendo se a meia altura.
Rio me, não quando o riso se adapta ao meu discurso, mas porque ele se implica nas correntes subjacentes do que eu digo.