Sinto saudade de tanta coisa.
Saudade da minha infância.
De brincar na rua.
Da simplicidade que era a vida.
De apenas ter que escolher de que cor pintar as Nuvens.
Saudade de correr na chuva, sem me preocupar em me molhar.
De ser criança.
De ser inocente.
Saudade de acreditar que os sonhos podem se concretizar.
De ficar sem fazer nada o dia todo.
De me fascinar com as estrelas.
Saudade de não ter que me preocupar em ver todos que amo indo embora.
De não ter que fazer escolhas complexas e difíceis.
Saudade de andar de bicicleta, sem rumo.
De correr na rua.
De não me importar com opiniões alheias.
Saudade de quando a vida era simples.
De quando a vida era apenas viver, e não sobreviver.
De quando eu apenas perdia meus brinquedos, e não pessoas.
De quando eu chorava porque não queria parar de brincar, ou fazer algo que queriam que eu fizesse, e não porque tive meu coração partido.
Saudade de não me importar com a sociedade, e com as regras que ela impõe.
De não pensar no futuro, de não querer crescer.
Saudade de viver o agora, sem pensar no que vão dizer, ou no que vão pensar.
Saudade de ser o centro das atenções.
De receber atenção.
De ouvir música o dia todo, sem ter lembranças ruins.
Saudade de não saber o que são sentimentos.
De não saber o que era sofrer, de verdade.
De não ter preocupações.
Sinto falta de ser o que era antes.
De sentir o que sentia antes.