Dói.
É uma dor física, é uma dor na alma.
É uma dor que dura, é uma dor feita para durar.
Dói enterrar um amor, dói como poucas coisas são capazes de doer na vida.
Um amor que morre é um amor que morre é um potencial de vida que deixa de existir.
São projetos, são expectativas, são sonhos que nunca vão se realizar.
O amor tem essa estranha capacidade de nos fazer acreditar, que nos querer fazer lutar.
Mas quando está destinado a acabar, a morrer, o melhor é aceitar.
No amor como na vida, não há como lutar contra a morte.
Quando ela anuncia a sua chegada, é preciso respeitar.
Não há mais nada a fazer, a não ser preparar o coração e alma para um período de luto e sofrimento, para os dias escuros, para a tristeza.
Mas não podemos nos entregar a dor.
Um amor que morre é uma vida que renasce.
Sonhos vão, mas outros vem.
É preciso saber aceitar, é preciso sabedoria e força para seguir em frente, ainda que o corpo pareça pesado, e o coração pareça não mais querer bater.
Dói enterrar um amor.