Depois de pelo menos uma década eles se reencontraram no aeroporto.
Havia uma energia eletrizante, como se causada por um fio desencapado, gerando faíscas invisíveis, e apesar de ser manhã havia fogos de artifício enfeitando o céu.
Ficaram se olhando longamente, acreditando serem vítimas de qualquer ilusão.
Estavam paralisados, encantados
De repente, como numa cena de filme em slow motion, ambos começaram a ir um em direção ao outro, só enxergavam uma ao outro, sem notar se um ou outro estavam acompanhados ou não.
Nada importava nesse momento, pois nenhum deles queria deixar a oportunidade de viver o romance que lhes fora prometido muitos anos antes e nunca houvera se concretizado.
Se algum deles estivesse com alguém, a única coisa que esse alguém poderia fazer era lamentar, pois daqui por diante Ana e Bernardo ficariam juntos até que a morte os separasse.
Não precisariam jurar isso perante o padre, pois ali o faziam perante Deus.