TESTAMENTO DO HOMEM SENSATO Quando eu morrer, não faças disparates nem fiques a pensar: Ele era assim Mas senta te num banco de jardim, calmamente comendo chocolates.
Aceita o que te deixo, o quase nada destas palavras que te digo aqui: Foi mais que longa a vida que eu vivi, para ser em lembranças prolongada.
Porém, se um dia, só, na tarde em queda, surgir uma lembrança desgarrada, ave que nasce e em vôo se arremeda, deixa a pousar em teu silêncio, leve como se apenas fosse imaginada, como uma luz, mais que distante, breve.