Nós nos perdemos de nós sem aviso.
Desaparecemos sem nos despedir, matamos o nosso amor sem dar lhe direito a um último pedido, e ainda abafamos o último suspiro.
Podíamos ter feito tantas coisas boas.
Podíamos ter vivido os sonhos sonhados.
Podíamos ter escolhido um caminho mais fácil e carregado bagagens mais leves.
Mas não, preferimos complicar as banalidades do cotidiano e fazer tudo que era simples se tornar difícil.
Preferimos o silêncio solitário, preferimos nos fechar com nossas razões do que dialogar.
Agora estamos separados, cada um para o seu lado, com um amor que morreu sem motivo e que agora está entre nós, não como uma ponte que nos liga, mas como um muro que nos separa.
De tudo que vivemos, o que sobrou foi um amor é perdido, desperdiçado, despedaçado.
E agora é tarde, agora é longe, agora é triste.