Na casa onde Aureliano José dormia a sesta, as moças da vizinhança recebiam os seus amantes casuais.
"Você me empresta o quarto, Pilar", diziam simplesmente, quando já estavam dentro dele.
"Claro", dizia Pilar.
E se alguém estivesse presente, explicava: Fico feliz sabendo que as pessoas estão felizes na cama.
Jamais cobrava o serviço.
Jamais negava o favor, como não o negara aos inumeráveis homens que a procuraram até o crepúsculo da sua maturidade, sem lhe proporcionar nem dinheiro nem amor, apenas, algumas vezes, prazer.