Nos amamos todos os dias do café da manhã ao jantar, do inverno ao verão.
Hoje, o nosso namoro chegou ao fim e eu me pergunto para onde foi tanto amor.
Onde o enterramos E como não percebemos que o amor escapava do nosso cotidiano Por que não perseguimos esse amor Se ele escapava pelas janelas, deveríamos ter fechado todas as frestas.
Era melhor ficar no escuro, só com a luz do amor.
Ou talvez, o amor tenha escorregado pelo ralo.
Então, deveríamos ter tampado o ralo e nos inundado de amor.
Difícil encontrar o caminho para onde o amor escapa.
Deveríamos ter perseguido o amor, assim que ele começou a dar sinais de que queria fugir.
Podíamos ter desfeito as suas malas, os seus planos e roubado a sua bússola.
Podíamos ter distraído e desorientado o amor, pra ver se ele resolvia ficar no aconchego da nossa casa onde ele tudo conhecia.
Deveríamos ter trancado a porta com chaves e cadeados, mas deixamos as portas escancaradas e o amor se foi sem deixar rastros.
Hoje, esse amor vaga por ai e nós ficamos sós e perdidos.
Sem casa e sem amor.
Talvez o tempo, a distância e o aprendizado mostre o amor que vale a pena voltar pra nossa casa.
Quem sabe esse amor não precisava vagar por ai para se entender melhor e voltar ainda maior.
Quem sabe, só o tempo dirá se o fim é permanente ou um novo recomeço para um amor ainda maior.