"Para as crianças, o mundo e tudo o que há nele é uma coisa nova; algo que desperta a admiração.
Nem todos os adultos vêem a coisa dessa forma.
A maioria deles vivencia o mundo como uma coisa absolutamente normal.
E precisamente neste ponto os filósofos constituem uma louvável exceção.
Um filósofo nunca é capaz de se habituar completamente com este mundo.
Para ele ou para ela o mundo continua a ter algo de incompreensível,
algo até enigmático, de secreto.
Os filósofos e as crianças têm, portanto, uma importante característica comum.
Podemos dizer que um filósofo permanece a vida toda tão receptivo e sensível às coisas quanto um bebê."