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Daniel Bovolento

Histórias batidas de términos ilustram as televisões e os romances de prateleiras desde que o mundo se entende por gente.
Amores épicos e confusos, trágicos e simplórios se estendem pela História da humanidade paralelamente ao desenvolvimento de sociedades antigas e contemporâneas.
A gente já aprendeu como se cura uma decepção amorosa das mais diversas e criativas formas.
E também ouvimos receitas e mais receitas de como terminar um relacionamento, desde aquele primeiro amor juvenil ao relacionamento à distância que sufocava os dois.
Quando a gente precisa de um tempo pra gente A ideia é que seja um tempo para colocar as coisas no lugar, aproveitar a solteirice e preparar terreno para quando bater aquela vontade de se doar a alguém.
A ideia do tempo em que não estamos nos relacionando deveria servir justamente para isso: não pensar e buscar NOVOS RELACIONAMENTOS.
O estar sozinho passou a ser considerado um crime.
É sinal de fracasso e indica falta de algo.
Mesmo com a revolução sexual e com as grandes possibilidades de se estar feliz sozinho, muita gente ainda levanta a bandeira da necessidade de ter alguém, ou pior, de buscar alguém.
Essa busca desenfreada tira o olhar do “eu” e direciona o olhar para o outro.
Pode parecer natural ou um alarde desnecessário, mas a partir do momento em que não aproveitamos e entendemos aquele espaço de reclusão, passamos a nos tornar escravos de uma ação: o ciclo da companhia.
O que a gente nunca deu atenção é sobre o hiato que acontece entre uma despedida e um encontro.