Somos o que ninguém consegue ser.
Complicados e ao mesmo tempo completos.
Em todo final de frase em que eu a deixo sem graça, ela diz “idiota”, e eu, sendo o bom idiota que sou, replico dizendo “mas você bem que gosta”.
Ela implica, faz cara de birra, mas termina concordando.
Eu provoco, tiro do sério, mas no final dou uma trégua.
Porque a gente é assim.
A confusão que se arruma.
O errado que dá certo.
O incompleto completo.
Em algum momento, nós acabamos deixando a ironia de lado e o orgulho barato jogado, e um acaba elogiando o outro verdadeiramente.
Ela diz algo como “você é muito gentil”, e eu respondo com um “eu sei”.
Ela vai acabar dizendo: “Idiota”.
Porque a gente não tem jeito, mas se ajeita.