E ainda me pego lá atrás, fugitiva.
Roubando lembranças do passado.
Me dou bronca e me carrego pro canto correto da memória.
Lá atrás não posso ir, lá de onde deveria ter saído antes, de onde as prisões eram voluntárias e a tortura constante.
E ainda me surpreendo por ter ficado e também por ter saído.
Por ter conseguido manter os dois.
E mantendo a saída, me vejo sem vício, sem droga, sem grandes prazeres e abstinências.
Novos ares, puros de alma e ocos de coração.
De madrugada vc ainda me atormenta nos pesadelos e nos sonhos lá de trás.
Me afogo em lágrimas enquanto o dia nem amanheceu e me obrigo a te bloquear daquele minuto com possíveis distrações.
É que se eu ficar pensando lá atras, não me atento ao que passa na minha frente.
E essa é a meta desse minuto.