Há sempre o momento de pedir ajuda, de se abrir, de tentar sair do buraco.
Mas, antes, é imprescindível passar por uma certa reclusão.
Fechar se em si, reconhecer a dor e aprender com ela.
Enfrentá la sem atuações.
Deixar ela escapar pelo nariz, pelos olhos, deixar ela vazar pelo corpo todo, sem pudores.
Assim como protegemos nossa felicidade, temos também que proteger nossa infelicidade.
Não há nada mais desgastante do que uma alegria forçada.
Se você está infeliz, recolha se, não suba ao palco.
Disfarçar a dor é dor ainda maior.
(Martha Medeiros)