Essa hora ela deve estar sonhando, viajando em seu inocente mundo melhorado quando os olhos se fecham.
Nesse momento o coração dela deve estar lentamente jorrando vida para todo o seu corpo, e o seu fôlego involuntariamente entrando e saindo do seu corpo.
Independente das funções orgânicas, dos sonhos, de tudo o que acontece enquanto ela dorme, o impressionante é que comigo as coisas param de acontecer enquanto ela não está aqui, enquanto não a sinto, não converso, não sou dela, mesmo que pela pequena porcentagem de tempo que conversamos.
Sem ela eu não funciono, o ar me falta, assim como a inspiração do poeta se esvai, a vida não é impulsionada dentro de mim, falta ela não só de início e meio, faltará ela até o fim