Há basicamente duas naturezas de afeto: do vazio e da fartura.
O afeto do vazio é quando o ser sentindo um vazio dentro, quer preenche lo com o outro, o que não é amor realmente mas se disfarça de amor pra existir e ser aceito, em verdade num processo de substituição, angustiante por depender de um outro, onde há a necessidade de controlar as incertezas deste outro pra se sentir seguro, equívoco fonte de todo apego irracional que gera todo ciúmes, fonte de violência, de castração, de manipulação e limitação da vida do outro em “meu”, sentimentos muito interessantes pro capitalismo consumista e pras estratégias de manipulação das massas, porque o Amor Livre torna o ser indomável, imprevisível e auto suficiente.
Essa carência afetiva e espiritual travestida de amor em sua superfície, é o gerador do que se acredita ser, convencionalmente pelo romantismo programado e previsível, algo despertado por alguém especificamente, particular entre duas pessoas e fatalmente com começo meio e fim nas novelas da vida.