Eu já sei quem é você,
Aquele a quem tanto busco
E que, nas noites, me inquieta,
Doida de saudades
Desde sempre
Uma sensação de que nunca posso amar ninguém
E uma urgência de amar demais alguém
Agora sei quem é você,
Não lhe disse nada
Esperei quando voltasse
Para a grande boda do amor consumado.
Não veio, não soube.
Está hoje preso num hiato entre o gesto de amar
E a impossibilidade de faze lo.
Só em sonhos me chama.
E nossos gritos de amor
Se confundem com milhares de outros
No universo.