Eu não havia me atentado ao "sim" até ele chegar.
Eu disse "sim" quando ele me roubou da pista de dança.
No segundo dia e nos outros eu optei pelo "não", carregado de medo, insegurança e um certo egoísmo da minha parte.
Não queria fazer tentativas.
A vida estava boa, o trabalho me fazia feliz e depois de algumas frustrações é natural querer um tempo para si.
Qualquer oportunidade vira uma ameaça.
Mas os astros pareciam estar carregados de sorte, e ele insistiu no meu "sim".
O "não" ele já tinha.
Não para um próximo encontro, não para um sorvete, não para assistir um filme em casa ou ir ao cinema, não para o próximo beijo e um não para a festa do final de semana.
E ele insistiu em todos os dias que eu falei não.
Ele era tentativa.
Eu era corte.