Peeta e eu voltamos a conviver.
Ainda há momentos em que ele agarra as costas de uma cadeira e se segura até que os flashbacks tenham passado.
Acordo de pesadelos com bestantes e crianças perdidas, mas seus braços estão lá para me consolar.
E por fim, sua boca.
Na noite em que sinto aquela coisa novamente, a ânsia que tomou conta de mim na praia, sei que isso teria acontecido de um jeito ou de outro.
Que aquilo de que necessito para sobreviver não é o fogo de Gale, aceso com raiva e ódio.
Eu mesma tenho fogo suficiente.
Necessito é do dente de leão na primavera.
Do amarelo vívido que significa renascimento em vez de destruição.
Da promessa de que a vida pode prosseguir, independentemente do quão insuportáveis foram as nossas perdas.
Que ela pode voltar a ser boa.
E somente Peeta pode me dar isso.