Não sabes, acaso, onde vives
Com muito mais conforto que onde moras
Aqui, tu auroras, nunca choras
E jamais se põe, embora livre
Quando a noite chega, içamos braços
Que mais são asas do que velas
Diante do rosto que enfim desvelas
Alçamos sonhos em doce abraço
A tarde cai, não de cansaço
Deita tua face em dengo descanso
Feito de segurança é o teu regaço
Peito de esperança, teu paraíso
O amanhecer é o teu semblante
E o sol a pino, o teu sorriso.